quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Trecho do Livro A Prostituta Sagrada - Nancy Qualls Cobert

Ela é mistério, coberta de véus. Conseguimos vê-Ia apenas indistintamente. Apesar da luz bruxuleante, discernimos sua silhueta feminina bem delineada. A brisa levanta seus véus deixando transparecer suas longas madeixas negras. Braceletes de prata enfeitam seus braços e calcanhares; meias-luas em miniatura pendem de suas orelhas e contas de lápis-lázuli circundam seu pescoço. Seu perfume com aroma de almíscar cria uma aura que estimula e enriquece o desejo físico. À medida que a prostituta sagrada avança pela porta aberta, ela começa a dançar ao som de música de flauta, pandeiro e címbalos. Seus gestos, sua expressão facial e os movimentos de seu corpo flexível,tudo fala de maneira a dar boas vindas à paixão. Não há falsa modéstia em relação a seu corpo, e quando dança, os contornos de sua forma feminina revelam-se sob sua túnica cor de açafrão quase transparente. Seus movimentos são graciosos, e ela tem plena consciência de sua beleza. Está cheia de amor, e quando dança sua paixão cresce. Em seu êxtase esquece toda repressão e entrega-se à deusa e ao estranho.

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Porque você deve dançar...

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