Texto escrito por Joelma Brasil
Amigas da dança, vivemos em uma sociedade capitalista e
cruel, com "padrões " de beleza e estética.
Quando iniciei meus estudos na dança do ventre, foi exatamente por que não tinha
o compromisso com os padrões da sociedade.
Sempre amei dançar, minha família não tinha condições financeiras para me colocar em uma escola de ballet, então dançava sempre como podia e sabia. Frequentava desde pequena, comunidades do samba, que eram populares e gratuitas. E também ministrava aulas gratuitas em uma associação de moradores do meu bairro.
Sempre amei dançar, minha família não tinha condições financeiras para me colocar em uma escola de ballet, então dançava sempre como podia e sabia. Frequentava desde pequena, comunidades do samba, que eram populares e gratuitas. E também ministrava aulas gratuitas em uma associação de moradores do meu bairro.
Venho do samba, onde perdia de longe para as mulatas com seus corpos
esculturais e esguios.
Quando descobri a feminilidade que a dança do ventre proporcionava, e não tinha padrões de beleza, me agarrei com toda força e paixão pela dança como forma de expressão.
Acho que isso foi o grande estopim da minha carreira, fazia com tanta alegria a dança, que contagiava a todos a minha volta. As pedrarias, as franjas e o que podíamos fazer ao som de cada instrumento, me remetia ao passado, onde as mulheres tinham que ser femininas e demostrar a sua beleza verdadeira. Cada uma com o seu charme, uma com pernas grossas, outras com bocas grandes, outras com longos cabelos, mas cada uma tirando a beleza da sua própria beleza.
Descobri mais tarde que essa era a dança balady, a minha dança.
Creio que o grande número de adeptas da dança do ventre, seja examente por isso. Para trabalhar a auto estima, fazendo com que possamos nos expressar, sem ter idade, raça ou peso. Proporcionando á todas tempo e possibilidades para a arte.
O que aconteceu? O que estamos deixando acontecer?
Quando descobri a feminilidade que a dança do ventre proporcionava, e não tinha padrões de beleza, me agarrei com toda força e paixão pela dança como forma de expressão.
Acho que isso foi o grande estopim da minha carreira, fazia com tanta alegria a dança, que contagiava a todos a minha volta. As pedrarias, as franjas e o que podíamos fazer ao som de cada instrumento, me remetia ao passado, onde as mulheres tinham que ser femininas e demostrar a sua beleza verdadeira. Cada uma com o seu charme, uma com pernas grossas, outras com bocas grandes, outras com longos cabelos, mas cada uma tirando a beleza da sua própria beleza.
Descobri mais tarde que essa era a dança balady, a minha dança.
Creio que o grande número de adeptas da dança do ventre, seja examente por isso. Para trabalhar a auto estima, fazendo com que possamos nos expressar, sem ter idade, raça ou peso. Proporcionando á todas tempo e possibilidades para a arte.
O que aconteceu? O que estamos deixando acontecer?
A culpa é da grande maioria, que parece que perdeu a real função da dança e da
arte. Estamos aqui para nos alegrar e celebrar a vida, e não competir com
beleza. Para isso existem outros caminhos, concursos de beleza e agências de
modelos.
Vamos pensar em dança como arte. Como um grande quadro que cada um pinta o seu
e cada um vê de maneira diferente a mesma figura.
Minhas palavras não são uma apologia à obesidade, e muito menos a falta de cuidados e vaidade, mas sim a aceitação da sua beleza, como forma única.
Minhas palavras não são uma apologia à obesidade, e muito menos a falta de cuidados e vaidade, mas sim a aceitação da sua beleza, como forma única.
Somos únicas e por isso já somos maravilhosas.
O importante é tratarmos da melhora interior, sermos melhores pessoas, mais
gratas, mais generosas , amigas e companheiras.
Sejamos felizes através da dança. Sigam o seu caminho. Vejam a beleza além da beleza.
Sejamos felizes através da dança. Sigam o seu caminho. Vejam a beleza além da beleza.
Joelma Brasil
http://joelmabrasil.com.br/
Fonte: http://www.centraldancadoventre.com.br/artigos/1056-beleza-alem-da-beleza
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