Tahia Carioca - Seu nome verdadeiro era Abla Muhammad Karim, mas
aderiu o nome artístico Tahia Carioca na década de 30. O nome Carioca foi em
função de seu derbakista misturar sons árabes aos sons brasileiros, os quais a
bailarina muito apreciava. Nasceu em Ismailia, Egito em 1915. Quando
adolescente mudou-se para o Cairo, onde começou estudar dança do ventre na
escola Ivanova. Depois, na décade de 30, começou a trabalhar no cassino de
Badia Massabni ao lado de Samia Gamal. Badia trazia coreógrafos americanos e
europeus para ensinar suas bailarinas. Foi neste cassino que surgiram as
chamadas bailarinas da idade de ouro da Dança do Ventre. Ao todo Tahia
participou de 120 filmes, além de ter trabalhado na televisão e no teatro. O
primeiro filme que Tahia fez foi em 1935. Alguns dizem que estreou no filme
"Doctor Farahat" e outros dizem que foi no "La Femme et le
Pantin". De qualquer maneira Tahia Carioca atuou em filmes egípcios com
estrelas de filmes árabes como o cantor e compositor Mohamed Ahdel Wahab e
Farid Al Atrache. Seu estilo de dançar era muito diferente de sua amiga e rival
Samia Gamal. Em 1963 parou de dançar e passou a dedicar-se somente ao teatro.
Foi quando fundou um grupo teatral. Sua primeira peça neste grupo foi sobre a
vida de Shafiqa La Copta, obra na qual obteve grande sucesso. Ao todo se casou
14 vezes. Morreu dia 20 de setembro de 1999 aos 79 anos de idade de ataque
cardíaco.
Samia Gamal - Nasceu em Wana, uma pequena cidade egípcia, em 1924. Meses depois, mudou-se com
sua família para o Cairo. Anos depois conheceu Badia Massabni, que a convidou
para integrar sua companhia de dança e a trabalhar em seu cassino. Samia
aceitou. Foi Badia quem lhe deu o nome de Samia Gamal, já que seu nome de
nascimento é Zainab Ibrahim Mahfuz. Primeiramente estudou com Badia, e com a então
estrela do momento, Tahia Carioca. Mas ela logo tornou-se uma solista
respeitada e criou seu próprio estilo. Samia Gamal incorporou técnicas do balé
(como giros e deslocamentos) e de danças latinas em suas performances. Ela foi
a primeira bailarina de dança do ventre a dançar de salto alto, e também tornou
o uso do véu muito popular. Estrelou diversos filmes egípcios ao lado do famoso
cantor e ator Farid Al Attrach, como "I Love You" em 1949 e
"Afrita Hanem" em 1950. Eles ainda tiveram um romance na vida real,
mas não se casaram. O romance rendeu também muitas canções. Em 1949, o rei
egípcio Farouk proclamou Samia Gamal “A Bailarina Nacional do Egito”, que
trouxe atenção dos EUA para a bailarina. Em 1950 Samia foi para os EUA e foi
fotografada por G. John Mili. Ela ainda dançou no The Latin Quarter, um
nigthclub em Nova Yorque. Depois, Samia casou-se com o milionário texano Sheppard
King III, que se converteu ao islamismo por sua causa, mas esse casamento não
durou muito. Em 1958 Samia casou-se com Roshdy Abaza, um dos mais famosos
atores egípcios, época na qual fizeram alguns filmes juntos. Outro filme
internacional que Samia trabalhou foi “Ali baba e os quarenta ladrões”, do
diretor francês Jacques Becker. Samia Gamal parou de dançar em 1972 quando
estava perto dos 50 anos, mas começou novamente depois, por sugestão de um
amigo, Samir Sabri. Ela então dançou até perto da década de 1980. Ela dizia:
"Dança, dança, nada além da dança. Eu dançarei até morrer!". Samia
Gamal faleceu no dia primeiro de Dezembro de 1994, no Hospital de Mirs no
Cairo, aos 70 anos. Samia Gamal, ao lado de Tahia Carioca, é considerada uma
das mais famosas dançarinas do mundo. E foi a responsável por levar a Dança do
Ventre para Hollywood e Europa. É elogiada e lembrada por seu estilo charmoso e
sedutor ao dançar, pela expressividade de seus olhos, bem como pelo quadril
leve e solto.
Seu nome de nascimento era Awatef Mohammed El Agamy. Quando se mudou para o Cairo já gostava de dançar e fazia pequenas apresentações, e percebeu que na capital poderia tornar-se bailarina profissional. Aprendeu música e dança ocidental. Também foi cantora, artista de teatro e cinema. O primeiro filme que fez foi "Sharei El Hob" (La Calle del Amor), que contou com a participação de alguns músicos como o cantor Abdel Halim Hafiz com a canção "Olulu". Nagwa Fouad fez a primeira aparição dela no filme com esta música. E na opinião do derbakista Hossam Ramzy foi o mais próximo da melhor demonstração natural de como dança uma jovem egípcia comum. Segundo ele a dança de Nagwa foi “perfeitamente inocente, cheia de amor, emocionalmente bem expressada, traduzindo cada parte da música de uma maneira maravilhosa e retratando o argumento da história em uma atuação magistral que deve ser vista para se crer”. Com este filme Nagwa e Abdel Halim Hafiz tornaram-se famosos e ela tornou-se a bailarina oficial de Abdel, acompanhando-o em todos os seus shows. Em 1976 o lendário compositor Mohamed Abdel Wahab também escreveu uma música especialmente para ela: Arba´ tashar. (colocar trecho da música no site; fazer propaganda do cd para vender no site). Ela se apresentou na Europa e Estados Unidos, onde então fundou uma escola de dança oriental em Nova Yorque. (Esta escola ainda existe?). Vender DVDs dela no site. Reservava em sua apresentações sempre um momento do show especial para o violino. Fez muito sucesso como bailarina nas décadas de 50, 60, 70, 80 e 90. Mas no início de 1992 retirou-se definitivamente da dança para consagrar-se no cinema.
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